sábado, 13 de fevereiro de 2010

O ADEUS PARA DONA RITA

Acredito que muitos saibam quem foi Dona Rita! Mãe exemplar, esposa dedicada, exemplo de trabalho, força, fé e coragem, além de professora de várias gerações na tradicional “Escola Normal”. Há exatamente sete meses iniciou uma batalha contra a diabetes, que levou a amputação do pé esquerdo, diversas cirurgias e várias passagens pelo CTI do Hospital Aroldo Tourinho, na última delas ficou vinte dias em coma.
Iniciou sessões de hemodiálise que motivaram a campanha de doação de sangue através de uma carta, por mim escrita, titulada como “Minha Mãe Quer Viver!”. Está campanha representou muito a luta de Dona Rita contra a doença, além de ajudar várias pessoas que necessitam de doações de sangue. Incrível foi à abrangência e as fronteiras que um e-mail quebrou em prol de uma causa que não beneficiava apenas ela, mais sim vários enfermos que dependiam das doações de sangue para sobreviver.
Antes do natal de 2009 ela recebeu a liberação para passar o natal com a família e ficou nos cuidados da mesma em sua residência. Infelizmente o quadro se agravou devido uma infecção na escara sacral que a fez retornar para os cuidados hospitalares. Foi internada no HU - Hospital Universitário para tratamento e lá teve o carinho incondicional do seu marido Paulo Ricardo de Paula, o conhecido “Seu Paulinho”, que desde o dia 13 de setembro de 2009 não á deixou nem um segundo desamparada, além do carinho e dedicação de toda equipe médica de ambos os hospitais por onde ela passou.
É com muita dor que nossa família se despediu dela na manhã deste dia 13 de fevereiro de 2010, quando a sepultamos na presença de amigos, familiares e colegas de profissão. O seu falecimento foi na sexta-feira (12), ás 15h.
Por mais que a dor seja insuportável, fica a satisfação do exemplo de vida que ela nos deixou. “Lutar!” lutar pela vida, lutar pela superação, lutar por acreditar em si mesmo, mesmo que todos os outros não acreditem. Tenho um orgulho sem limites por quem foi minha mãe, pela bondade que ela trasbordava, também pelo meu pai! Companheiro iluminado e dedicado que no limite da exaustão ainda conseguia força de sobra pra enfrentar o desafio e levar segurança a ela! Estou muito triste, assim como minha família pela perda insubstituível! Entretanto, estou muito feliz por ser filho de guerreiros como estes.
Gostaria de apenas enfocar a lição de vida dessa forte mulher, para que em momentos de trevas, você que está lendo esta carta neste momento, encontre força e luz para superar. A lição é a força da família unida, da fé sem limites, do desapego carnal e material, da doação de bondade! Tão importante quanto tudo isso que citei, é a solidariedade no ato de doar sangue. Agradeço todos aqueles que doaram ou ajudaram a doar sangue para ela quando pedi socorro, e peço da mesma forma neste momento! Continuem a doar sangue em homenagem a memória póstumas de Dona Rita! Que ela se torne símbolo deste ato de solidariedade.
Peço por mais uma vez, a ajuda dos amigos e colegas jornalistas para a publicação e multiplicação do envio desta carta como forma de agradecimento e despedida da minha mãe querida. Minha família e agradeceremos eternamente por este ato. Que Deus ilumine todos vocês.

Rodrigo de Paula e família
Montes Claros, 13 de fevereiro de 2010

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