domingo, 4 de novembro de 2007

Nota de agradecimento a quem faz.

Em todos os cantos do mundo, onde se agrupam pessoas formando o que se chama de sociedade, inevitavelmente existirá exclusão, discriminação, separação, injustiças e todo o resto que caracteriza as diferentes ideologias, pensamentos, poder aquisitivo e ação.

Tais características sociais são impossíveis de serem contornadas, pois, como Raul Seixas já dizia: “Homem nasceu pra querer”.

Este desejo incontrolado cravado nos instintos mais primitivos do ser humano, para ser alcançado deve-se infelizmente passar por cima dos desejos dos outros, daí a necessidade da criação de grupos ou movimentos dentro da própria sociedade, para assim, reivindicar e promover ações que beneficiam os membros que em teoria, se agruparam porque desejavam as mesmas coisas.

Assim sempre foi a natureza humana; como diz o ditado: “A união faz a força”, só que infelizmente os grupos maiores e mais consolidados, exercem poder e prestígio muito maiores que os grupos (ou movimentos), menores e, além disso, deturpam e descaracterizam os ideais, desejos e a própria finalidade destes pequenos grupos.

È o que vem acontecendo com o movimento do rock em todo o mundo.

Os grandes meios de comunicação de massa, os governos e a sociedade tradicional deturpam (por medo é claro), o movimento do rock, e por conseqüência os roqueiros. Os caracterizam como baderneiros, drogados, vagabundos e com isso conseguiram marginalizar todo um movimento social alternativo da contra-cultura democraticamente estabelecido.

Mas mesmo com todos esses problemas que o movimento luta diariamente, cada dia mais, com dificuldades, é claro, toma força e expressa as suas verdadeiras ideologias e sonhos.

Em Montes Claros, por exemplo, nunca foi diferente: o rock foi discriminado, associado a coisas desprezíveis, para com isso enfraquecer um movimento que luta por direitos que não favorecem os gostos e as vontades da nossa tão estimada sociedade hipócrita.

Outra característica da cena na nossa mal governada cidade são os urubus mercenários que de quando em vez, promovem festivais de rock para encher seus fundilhos de dinheiro.

Assim sempre foi: chegam lá, fazem o evento, dizem que é para fortalecer o movimento e coisa e tal e tal e coisa; mas na verdade, nada mais querem, a não ser usar de um movimento que não tem tanto espaço, para lucrar em cima da força de vontade, talento e acima de tudo, “ingenuidade” por parte das bandas.

Como já disse, assim sempre foi, só que de uns tempos para cá, vimos nascer uma centelha de esperança com relação ao reconhecimento e respeito do movimento do rock e dos roqueiros da nossa inexpressiva cidade.

Vimos de fora, sem nenhum interesse, eventos de rock serem organizados sem os já costumeiros fins capitalistas; eventos de rock sendo feitos simplesmente para valorização e respeito do movimento; eventos de rock sendo feitos com a devida organização e a devida valorização das bandas. Enfim, eventos de rock sendo administrados com características jamais vistas na cena do rock em Montes Claros.

Por isso, nós da A.R.M.C.R. acreditamos e valorizamos pessoas como o secretário de cultura João Rodrigues, pois este sim está lutando e fazendo por onde, para colocar o rock em sua devida posição; para trazer a valorização e respeito que lhe é de direito; para mostrar a sociedade um movimento com idéias e características próprias; para mostrar aos próprios roqueiros o quanto eles foram usados no passado, para trazer renda a esses organizadores e aproveitadores que não mais devem permanecer entre nós.

Por fim, nós da A.R.M.C.R. ficamos extremamente felizes ao ver ações como estas do secretário de cultura João Rodrigues. Graças a pessoas como ele, que rock sobreviveu e sempre sobrevirá.

Estas simples palavras provam o reconhecimento, a valorização e o agradecimento às iniciativas do secretário de cultura João Rodrigues, na tentativa de valorizar o rock de Montes Claros.

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